terça-feira, maio 30, 2006

portugal sempre

Não posso deixar de escrever sobre a grande vaga de patriotismo que podemos observar nesta altura. E levanto uma questão (para que se reflicta sobre isso): o que move esta multidão (ou massa)? opções: Portugal ou Futebol?
Portugal está presente sempre; Futebol (selecção portuguesa) só no Euro ou no Mundial. Manifestações destas (bandeiras nas janelas, gritos por Portugal, etc) só no Euro ou Mundial.
O amor/dedicação por Portugal permanece depois de campeonatos de Futebol? Só se for quando se diz que isto não vai para a frente, que o governo é assim e assado, que não saímos da crise e os impostos só aumentam.
Depois há ainda outro "problema" a apontar: o ego sobe demasiado, partimos com a ideia de campeões e... (como aconteceu com os sub-21): marca-se um golo e não se consegue ganhar nenhum jogo. Precisa-se de MODÉSTIA!

do Lat. modestia
s. f.,
qualidade de modesto;
ausência de vaidade, de ostentação, de luxo;
simplicidade e moderação.
Não estou com isto a dizer que não devemos torcer pela nossa equipa, apenas alertar para o facto de não vivermos só de Futebol. Para não nos esquecermos que somos portugueses (e que o gostamos de o ser) mesmo quando não há jogos.

segunda-feira, maio 29, 2006

pôr do sol

foto: minha autoria (bah..nda de outro mundo)

e qdo falta qq coisa...

talvez um pôr do sol.

sexta-feira, maio 26, 2006

não sociedade feliz

(foto: minhas primeiras experiências nesta onda)
não vivemos numa sociedade livre de injustiças e insatisfações. não se pode ter toda a gente feliz ao mesmo tempo. é o mundo como ele é.

sexta-feira, maio 19, 2006

morangomania

Não posso deixar de escrever sobre o que me deparei hoje no jornal. transcrevo aqui o que se pode ler online:´
"Crianças de várias escolas em todo o país têm sido afectadas por alergias, com sintomas que incluem comichão, erupção cutânea e vermelhidão nos braços, problemas que, contudo, não têm afectado professores nem pessoal não docente.
Para o psiquiatra Daniel Sampaio, os pais devem falar com os filhos, caso se comprove que as supostas alergias que vêm afectando algumas crianças e jovens resultam da imitação de comportamentos das personagens da série juvenil “Morangos com Açúcar”."
Isto é no mínimo surreal. Como podem as crianças estar de tal maneira envolvidas no mundo da ficção que sejam (tão) afectadas psicologicamente?
Partindo do princípio que este problema só tenha afectado crianças, julgo que uma destas duas opções é válida: a primeira é que simplesmete as crianças imitam os comportamentos que vêm na televisão (mas é estranho que seja em várias escolas). A segunda opção, e mais séria, é que vivam de tal modo absorvidas na ficção, que psicologicamente estejam afectadas por ela. Não sendo intencional, elas sentem que os sintomas que vêem na tv sejam delas também.
Penso que nao é preciso me alongar mais para fazer ver que se trata de um assunto de extrema importância. Deve servir, mesmo que não se prove um efeito directo, para que a televisão tome mais consciência no efeito que pode ter no seu público, ainda mais quando este é bastante vulnerável.

propósito da foto: tem de se ter consciência de que o que se dá é bom e benéfico para quem nos dirigimos.

sábado, maio 13, 2006

proibido tirar fotos


Bem.. cada vez que me deparo com injustiças fico tão mal, mesmo triste pelas coisas serem como são.
Em primeiro lugar.. o preço dos bilhetes de metro! Antes existiam uns bilhetes diários, baratos até, que como o próprio nome diz, davam para todo o dia. Agora, cada vez que se sai do metro, ao entrar é preciso novo bilhete. Ora, quem precisa de ir a mais do que um sítio por lisboa, tem de gastar um dinheirão. Porque tiraram aqueles bilhetes?!
Em segundo lugar, quero mostrar a minha revolta pela pouca simpatia, ajuda, disponibilidade, que têm por nós quando estamos a fazer um trabalho fotográfico (para a universidade, ainda por cima). Um caso concreto: são precisas fotografias de arquitectura modernista. Deparo-me com o facto de apenas ser permitido tirar fotografias aos edificios por fora, sejam sedes de partidos, prédios de habitação ou biblioteca nacional, mesmo explicando que é para um trabalho etc, etc... é precisa uma autorização para a central de não sei o quê que, nem perguntei mas desconfio que demore "anos" a ser concedida (escrever documento, esperar resposta, etc), entretanto acaba o prazo de entrega do trabalho...
O mais triste é quando nem por fora é permitido! Isso aconteceu no Laboratório de Engenharia Civil. Entendo que aquilo é um espaço vedado, particular, mas qual a lógica de ser preciso autorizaçao de não sei quem das relações públicas? Ok, há o perigo dos atentados, dos roubos, de sei lá o quê mais, mas que tal pedir a identificação (até podiam apontar) e deixarem-me fazer o meu trabalho? A sério, eu com o meu ar de miúda, com máquina fotográfica na mão, a apontar para as janelas, portas e paredes, dizendo que era um trabalho escolar... não pude fotografar! Vou comer algum pedaço? vou roubar alguma coisa? vou planear algum atentado? eu nem tenho mau aspecto, nem sou antipática!
Não é só isso. O pior é que já lá foram fotografar! Tive azar no dia? é por ser dia 13? ou por ser sábado?
"Ninguém prometeu nada, fui eu que pensei" que as pessoas eram justas, que as regras fossem boas para todos, que as coisas não fossem tão difíceis, que a frustração não fosse tão real por tudo e por nada...

quarta-feira, maio 03, 2006

televisão


Qual o papel da televisão nas nossas vidas?
Não sei.
Acho que actualmente esta abrange diferentes segmentos da população, nunca senti tanto isso como agora. Não fugindo (ainda) ao conceito de massas (inevitavelmente!), não a vejo como a via há uns anos. Isto deve ser do tempo livre, pouco e pouco disponível para ela, de que usufruo. Eu e muitas das pessoas com quem me cruzo no dia-a-dia.
Pensando, por exemplo, em Adorno e na sua "filosofia anti-tv" (nome dado por mim), é inevitável pensar nisto mesmo. No estado da televisão, no grau de importância e disponibilidade para esta. Numa altura em que tv é sinónimo de luta de audiências, rivalidades, negócios e, programas "todos diferentes mas todos iguais".
É necessário alguma reflexão de cada um de nós do que se quer ver na televisão: mais do mesmo ou algo diferente, mais diversificado e abrangente não a todos com uma massa mas a cada um de nós na sua individualidade.
Como? Não sei. Isto é só teoria...

indignação

Isto é uma vergonha!
Na passada 5f, dia 4 de Maio (salvo erro), fui à Fnac do Colombo e notei que havia algum reboliço perto da zona do bar, vi os cartazes afixados e percebi que estariam ali à espera de um jogador, que lá ia para o lançamento de um jogo de computador, ou algo do género. Estava marcado para as 17h30. Como eram 17h20 decidi esperar, com umas amigas, por curiosidade apenas.
Lá encontrámos uma mesa em bom sítio até, como a dor de pés, depois de umas voltas no Centro Comercial, eram bastantes, lá ficámos. A conversar, a ler o jornal, a olhar para os senhores que tinham microfones na mão (SIC, RTP1, por aí a fora...), a olhar para as máquinas fotográficas que por lá passeavam nas mãos de outros senhores... E o tempo ia passando...
O tempo passava... o descanso já se ia transformando em tédio quase.
A minha vontade era por-me em cima da mesa e dizer: «meus "amigos" que estamos aqui a fazer?? que consideração e respeito nos têm para aqui estarmos, feitos parvos, (embora eu estivesse ali, em 1ºlugar, para descansar os pés!!!) à espera de um rapaz há quase uma hora??? Vamos todos embora? assim mostramos que temos princípios e que não nos podem tratar assim só porque têm um nome.»
Acho um abuso. Eram 18h20 quando saímos daquele espaço e o Simão Sabrosa ainda não tinha chegado! Nem tinha chegado nem ninguém nos tinha dito nada em relação a isso. Contratempos existem, mas podiam ao menos avisar que seria um pouco mais tarde, não?
Estarei a exagerar quando digo que isto é uma vergonha? E que brincam com uma pessoa de uma forma descarada?
Felizmente sou do Sporting (embora acredite que se poderia passar o mesmo com um jogador do meu clube, não ponho já as mãos no fogo por ninguém).